
“Nós apenas queremos realizar nossas obrigações como cristãos, mas as autoridades nos tratam como terroristas”, disse Advent Tambunan, um membro da igreja, a Associated Press. “Não há justiça para nós neste país”, enfatizou Tambunan. A polícia tinha ônibus esperando fora da igreja no domingo para transportá-los para outro local de culto, mas os membros da igreja se recusaram e negociar com a polícia, que lhes permitiu realizar os seus cultos no local.
A igreja foi fechada em 20 de junho depois que seus membros desafiaram as ordens do governo e se reuniram no edifício de culto sem autorização. A Igreja Cristã Protestante em Batak havia apresentado o seu pedido de licenciamento em 2006, mas, até então, as autoridades, rápidas para darem autorização aos muçulmanos, demoraram a dar a autorização à igreja, com medo de desagradar à população muçulmana, maioria no bairro e fazia protestos constantes contra a abertura de templos cristãos em Batak. Porém, após meses de discussão, os cristãos conseguiram permissão para começaram a se reunir no prédio em dezembro de 2009. Os residentes muçulmanos, no entanto, fizeram protestos contra a permissão do governo para os cristãos, alegando que eles se reuniam com uma permissão sem validade, pois ainda não havia saído a autorização oficial do governo. Logo, os funcionários do governo decidiram selar a igreja por vários meses. Em 20 de junho os membros da igreja voltaram a cultuar ali de novo.
No último domingo, o reverendo Luspida Simandjunktak e o ancião da igreja Hasean Lumbantoruan Sihombing foram atacados enquanto estavam indo para a igreja. O ancião da igreja foi esfaqueado no estômago e posteriormente hospitalizado. Já o pastor foi golpeado na cabeça com uma tábua de madeira.
Dez pessoas, incluindo o líder local da organização linha-dura Frente de Defesa Islâmica, foram detidas devido ao ataque contra os líderes da igreja. Durante meses, a Frente de Defesa Islâmica tinha dito aos cristãos para deixarem o bairro ou haveria represálias.
O governo se ofereceu para dar à igreja um terreno para construir uma nova igreja, de acordo com The Jakarta Globe, mas a congregação ainda não decidiu se vai aceitar a oferta.
O presidente Susilo Bambang Yudhoyono, que depende fortemente de partidos islâmicos no parlamento, tem sido amplamente criticado por não reprimir os islâmicos linha-dura, que realizaram os ataques da semana passada contra os líderes da igreja.
Os muçulmanos representam 86,1% da população da Indonésia, de 240 milhões de habitantes. Os cristãos protestantes, por sua vez, representam 5,7%, e os católicos, 3% da população.
Fonte: Christian Post / Via: DiarioGospel.com
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